terça-feira, junho 24, 2025

Descoberta Inovadora: Bactéria Modificada Transforma Plástico PET em Paracetamol

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Uma pesquisa revolucionária da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, apresenta uma solução promissora para dois desafios globais urgentes: a crescente poluição por plásticos e a dependência da indústria farmacêutica em combustíveis fósseis. Cientistas conseguiram modificar geneticamente a bactéria *Escherichia coli* para converter resíduos plásticos PET (tereftalato de polietileno) em paracetamol, um analgésico amplamente utilizado. A descoberta, publicada na revista Nature Chemistry, sinaliza um avanço significativo em direção a processos de produção mais sustentáveis.

O estudo detalha como a bactéria *E. coli* geneticamente alterada é capaz de processar o PET, um dos plásticos mais comuns em embalagens de bebidas e alimentos. O processo se inicia com a quebra química do plástico, seguida pela ação da bactéria modificada, que utiliza fosfato como catalisador. Esse processo transforma as moléculas resultantes em um composto orgânico nitrogenado, que, por fim, é convertido no princípio ativo do paracetamol.

Atualmente, a produção de paracetamol depende majoritariamente de combustíveis fósseis. A inovação reside na substituição dessa matéria-prima não renovável por resíduos plásticos, criando um ciclo mais ecológico. Segundo Stephen Wallace, biotecnólogo líder da pesquisa, “o plástico PET não é apenas um resíduo, ele pode ser transformado por microrganismos em novos produtos valiosos, incluindo aqueles com potencial para tratar doenças”.

Uma das maiores vantagens do método é a sua eficiência e rapidez. Todo o processo pode ser concluído em até 24 horas dentro de um laboratório compacto, operando em temperatura ambiente, sem a necessidade de aquecimento ou resfriamento intensivo. A taxa de conversão impressiona, atingindo 92%, demonstrando o potencial da tecnologia.

Embora os testes iniciais tenham se concentrado no plástico PET, os pesquisadores vislumbram a aplicação do método a outros tipos de plásticos e microrganismos. A equipe reconhece que a tecnologia ainda necessita de estudos adicionais para comprovar sua viabilidade em escala industrial e comercial. No entanto, os resultados iniciais apontam para um futuro promissor na busca por soluções sustentáveis para a indústria e para o meio ambiente.

Fonte: http://www.metropoles.com

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