A recente queda nos preços do petróleo, impulsionada por sinais de possível cessar-fogo no conflito entre Israel e Irã, está impactando o mercado de combustíveis no Brasil. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), essa retração diminuiu a diferença entre os preços praticados nas refinarias brasileiras e os valores do mercado internacional. Essa defasagem, que chegou a atingir 19%, agora apresenta um cenário mais favorável.
Essa mudança de cenário reduz a pressão sobre a Petrobras para reajustes nos preços dos combustíveis. A própria presidente da companhia, Magda Chambriard, já havia previsto uma possível volta dos preços a patamares mais baixos com o arrefecimento das tensões geopolíticas. A Abicom destaca que a queda do petróleo contribui para essa estabilização.
Atualmente, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras apresenta uma diferença de 12% em relação ao Golfo do México, referência para importadores. Ao considerar a Refinaria de Mataripe, na Bahia, essa defasagem diminui para 11%. Já a gasolina, que demanda menor volume de importações, apresenta uma diferença menor, de apenas 3% em relação aos preços internacionais.
“Os dois combustíveis, no entanto, mantêm a janela de importação fechada”, ressalta a Abicom, indicando que, apesar da melhora no cenário, as condições ainda não são totalmente favoráveis para a importação. Acompanhar a evolução do mercado internacional e seus impactos nos preços internos continua sendo crucial para o setor.
Fonte: http://www.infomoney.com.br