Esmail Qaani, comandante da Força Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã, surgiu publicamente em Teerã, desmentindo relatos de sua morte que circulavam na imprensa internacional. Vídeos divulgados pela mídia iraniana mostram Qaani sendo recebido nas ruas e celebrando a “vitória” do Irã no conflito com Israel.
Os rumores sobre a morte de Qaani ganharam força logo após os primeiros bombardeios israelenses. Ele assumiu o comando da Força Quds em 2020, após a morte do general Qassem Soleimani em um ataque aéreo dos Estados Unidos. O jornal *New York Times* foi um dos primeiros veículos a noticiar a suposta morte, que nunca foi confirmada oficialmente pelo governo iraniano.
Curiosamente, esta não é a primeira vez que Qaani reaparece após a divulgação de informações sobre seu falecimento. Em outubro de 2024, boatos semelhantes surgiram após um ataque israelense que matou Hashem Safieddine, potencial sucessor de Hassan Nasrallah no Hezbollah.
Naquela ocasião, homenagens oficiais a Qaani chegaram a ser preparadas. Contudo, ele ressurgiu poucos dias depois em uma cerimônia em memória de Abbas Nilforoushan, membro da Força Quds morto em Beirute, em setembro do ano anterior.
Paralelamente, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, anunciou o fim do conflito com Israel, declarando que o país alcançou uma “grande vitória” e culpando o “aventureirismo de Israel” pelo início das hostilidades. O anúncio ocorreu após a implementação de um acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos, embora o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, tenha reiterado que os iranianos “nunca se rendem”.
Fonte: http://revistaoeste.com