Após dias de angústia, o corpo de Juliana Marins, a turista brasileira vítima de um trágico acidente no vulcão Rinjani, na Indonésia, foi finalmente recuperado. A complexa operação de resgate, que envolveu sete socorristas, enfrentou condições climáticas adversas e um terreno extremamente acidentado.
A equipe de resgate montou acampamento em pontos estratégicos da cratera para garantir a retirada segura do corpo nas primeiras horas da manhã. A operação exigiu que quatro socorristas se posicionassem a 600 metros de profundidade, próximos ao local onde Juliana estava, enquanto outros três davam suporte a 400 metros. Um vídeo registrou a dificuldade do percurso, evidenciando os desafios enfrentados pelos socorristas.
As causas da morte de Juliana Marins ainda não foram oficialmente divulgadas. As autoridades indonésias realizarão a perícia no corpo antes de liberá-lo para a família, que acompanha de perto os procedimentos no país asiático. “Encontramos dificuldades para chegar à Indonésia devido ao fechamento do espaço aéreo do Catar, afetado por conflito no Oriente Médio”, relatou Manoel Marins, pai de Juliana, sobre os obstáculos enfrentados para chegar ao local.
Juliana, natural de Niterói, Rio de Janeiro, estava explorando a região do Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, durante uma viagem pela Ásia. O acidente ocorreu quando ela escorregou e caiu de uma ribanceira, despencando cerca de 300 metros em uma área de difícil acesso. A família confirmou sua morte na terça-feira, após dias de buscas intensas.
O Parque Nacional do Monte Rinjani tem um histórico preocupante de acidentes. Nos últimos cinco anos, foram registrados 180 incidentes e oito mortes, incluindo a de Juliana. Os dados do Escritório do Parque Nacional indicam um aumento expressivo nas ocorrências, com 60 acidentes somente em 2024, quase o dobro do ano anterior. O aumento do fluxo de visitantes após a pandemia é apontado como um fator contribuinte para o aumento dos riscos.
Fonte: http://revistaoeste.com