A Câmara dos Deputados impôs uma significativa derrota ao governo Lula nesta quarta-feira (25), ao derrubar o decreto que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, proposta pelo Executivo, recebeu expressivos 383 votos contrários, frente a apenas 98 favoráveis, marcando um revés importante para o Palácio do Planalto no Congresso em 2025.
A votação, conduzida de forma inesperada pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), provocou forte reação por parte de aliados do governo. Parlamentares da base governista criticaram a condução da sessão, classificando-a como “infantil” e acusando Motta de agir por retaliação.
Segundo informações de bastidores, a decisão de Motta seria uma resposta a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desfavoráveis ao projeto de ampliação do número de deputados. Soma-se a isso, o alegado atraso no repasse de emendas parlamentares, que teria inflamado ainda mais os ânimos.
O texto segue agora para o Senado, onde pode ser apreciado ainda nesta quarta-feira. Caso a decisão da Câmara seja confirmada, o aumento do IOF será definitivamente barrado, aprofundando o desgaste político entre o Executivo e o Legislativo em um período já marcado por tensões institucionais. O resultado da votação no Senado é crucial para determinar o futuro da medida e o impacto nas relações entre os poderes.