A Rússia minimizou o impacto do aumento nos gastos com defesa da OTAN, afirmando que a medida não representa uma ameaça significativa à sua segurança. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em resposta à decisão da aliança militar de elevar sua meta de gastos para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país membro.
A OTAN, composta por 32 nações, anunciou o aumento na meta de gastos na quarta-feira, justificando a medida com a necessidade de fortalecer a resiliência civil e militar diante do que considera uma ameaça de longo prazo representada pela Rússia. A decisão surge em um contexto de crescente tensão na Europa, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022.
“Quanto ao impacto dessa meta de 5% em nossa segurança, não acho que será significativo”, disse Lavrov durante uma coletiva de imprensa, buscando diminuir a relevância da ação da OTAN. O ministro ainda ressaltou que a Rússia tem clareza sobre seus objetivos e os meios para alcançá-los, defendendo a legalidade de suas ações sob a ótica do direito internacional e dos princípios da Carta da ONU.
A decisão da OTAN de aumentar os gastos com defesa também é vista como uma resposta à pressão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que os membros da aliança invistam mais em sua própria segurança. Enquanto isso, a Rússia aloca mais de 40% de seu orçamento anual para defesa e segurança, negando consistentemente qualquer intenção de atacar um Estado membro da OTAN.
O Kremlin, por sua vez, acusou a aliança militar de retratar a Rússia como um “demônio do inferno” como forma de justificar o que considera uma “militarização desenfreada”. Essa troca de acusações demonstra a crescente polarização entre a Rússia e a OTAN, em um momento de elevada tensão geopolítica.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br