O governo Trump apresentou uma proposta orçamentária de US$ 892,6 bilhões para defesa e segurança nacional, sinalizando uma mudança nas prioridades militares dos Estados Unidos. O plano, divulgado na quarta-feira, busca realocar recursos para áreas consideradas cruciais, como o desenvolvimento de mísseis de alta tecnologia e drones, ao mesmo tempo em que reduz investimentos em outras áreas.
A proposta orçamentária prioriza o aumento salarial das tropas em 3,8% e o financiamento de novas tecnologias bélicas. No entanto, para equilibrar as contas, o plano prevê a aposentadoria de equipamentos mais antigos, como navios e aeronaves, considerados caros para operar e manter. Além disso, haverá uma redução na força de trabalho civil da Marinha, com um corte de 7.286 funcionários.
A Casa Branca justificou o orçamento, afirmando que os fundos serão utilizados para deter a agressão chinesa no Indo-Pacífico e revitalizar a base industrial de defesa. O orçamento reflete uma estratégia de modernização das forças armadas, com foco em dissuasão e tecnologias avançadas, em detrimento de plataformas tradicionais. Como destaca um analista de defesa, “este orçamento busca adaptar as Forças Armadas aos desafios do século XXI”.
Uma das mudanças mais notáveis é a redução na aquisição de aeronaves F-35, fabricadas pela Lockheed Martin. A proposta orçamentária solicita apenas 47 unidades, em comparação com os 68 pedidos no orçamento de Biden para 2025. Da mesma forma, o plano prevê a compra de apenas três novos navios de guerra.
A proposta orçamentária já está gerando debate no Congresso. O subcomitê de Defesa do Comitê de Apropriações da Câmara propôs aumentar a compra de F-35 para 69 unidades, superando até mesmo o pedido original de Biden. O Pentágono, por sua vez, continua priorizando a aquisição de munições e sistemas de armas considerados essenciais para a defesa nacional.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br