O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem se mostrado uma ferramenta crucial na elucidação de crimes, auxiliando em cerca de 20 inquéritos por mês. Recentemente, a Polícia Científica do Paraná, através desse sistema, identificou conexões entre delitos ocorridos no centro do estado e no litoral de Santa Catarina. Essa ligação interestadual demonstra a abrangência e o potencial do banco de dados no combate à criminalidade.
Desde a adesão do Paraná ao Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB) em 2022, o estado tem colhido frutos significativos. Os termos “hit” ou “match” são utilizados para descrever a compatibilidade entre provas encontradas em locais de crime e os projéteis analisados. Até o momento, o Paraná já confirmou mais de setecentas ligações e 11 “hits” através do banco de dados, evidenciando a eficácia da ferramenta.
Somente neste ano, os laudos de confrontos balísticos já prestaram auxílio em 126 inquéritos policiais. Segundo a Polícia Científica, a agilidade e precisão na identificação de padrões balísticos têm sido fundamentais para o avanço das investigações e para a identificação de criminosos. O sistema permite a comparação de imagens de projéteis e armas de fogo de todo o país, ampliando o escopo das investigações.
Os peritos da Seção de Balística Forense alimentam o Banco Nacional com amostras detalhadas de cada arma e projétil coletado em cenas de crime. Esse processo envolve a digitalização dos projéteis, possibilitando um exame minucioso dos objetos em microscópio. A análise detalhada das imagens permite aos profissionais identificar potenciais “hits” e selecionar amostras para exames mais aprofundados.
A colaboração entre estados e o compartilhamento de informações através do SINAB fortalecem a segurança pública e contribuem para a redução da impunidade. Como ressalta a Polícia Científica, a tecnologia e a expertise dos peritos têm se mostrado essenciais para desvendar crimes complexos e garantir a justiça.
