O Pentágono revelou novos detalhes sobre a preparação e execução de ataques a três instalações nucleares iranianas, em uma coletiva de imprensa que prometia ser “interessante e irrefutável”, segundo o ex-presidente Donald Trump. A operação, classificada pelo Secretário de Defesa Pete Hegseth como “a operação militar mais secreta e complexa da história”, teve como alvo instalações cruciais para o programa nuclear do Irã. No entanto, apesar das informações divulgadas, dúvidas persistem sobre a real extensão dos danos causados.
O general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, apresentou um relato detalhado sobre a missão, revelando que a equipe de bombardeio incluiu homens e mulheres de diversas patentes e unidades. Ele também mencionou que o Irã tentou fortificar a instalação nuclear de Fordow, cobrindo os dutos de ventilação com concreto antes dos ataques. “Não vou compartilhar as dimensões específicas da capa de concreto. Mas vocês devem saber que sabemos quais eram as dimensões dessas capas de concreto. Os planejadores tiveram que levar isso em conta. Eles levaram tudo em conta”, ponderou o general.
Um vídeo demonstrativo divulgado durante a coletiva ilustrou o funcionamento das bombas antibunker utilizadas, mostrando-as penetrando e destruindo estruturas subterrâneas. Apesar da demonstração, o Pentágono admitiu não possuir imagens do impacto direto nas instalações iranianas, pois “ninguém estava dentro do alvo”. Essa ausência de confirmação visual alimentou ainda mais as incertezas sobre o sucesso da operação.
Embora as autoridades militares tenham fornecido informações sobre o planejamento e execução dos ataques, elas se abstiveram de apresentar novas evidências concretas sobre a eficácia da operação contra o programa nuclear iraniano. Tanto Caine quanto Hegseth encaminharam perguntas sobre o tema às agências de Inteligência dos EUA. A falta de informações sobre os danos nas instalações de Natanz e Isfahan, além de Fordow, também contribuiu para a incerteza.
Uma avaliação inicial da Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono, divulgada pela CNN e outros veículos de comunicação, indicou que os ataques podem não ter destruído os principais componentes do programa nuclear iraniano, apenas atrasando-o em alguns meses. Hegseth defendeu a afirmação de Trump de que o programa nuclear iraniano havia sido “obliterado”, apesar das dúvidas persistentes e da falta de evidências definitivas. A extensão total dos danos e o impacto a longo prazo no programa nuclear iraniano permanecem, portanto, sob avaliação.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br