O laudo forense da publicitária Juliana Marins, divulgado nesta sexta-feira, lança luz sobre a trágica causa de sua morte no Monte Rinjani, na Indonésia. O documento aponta que a brasileira faleceu em decorrência de fraturas múltiplas no tórax, coluna, pernas e ombros, resultantes de uma queda de mais de 500 metros. As autoridades descartaram a hipotermia como fator contribuinte.
De acordo com o médico-legista Ida Bagus Alit, as graves fraturas ósseas provocaram danos irreversíveis aos órgãos internos e causaram hemorragias. “A vítima sofreu ferimentos devido à violência e a fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, detalhou o legista, enfatizando a severidade do impacto.
O laudo excluiu a possibilidade de hipotermia, indicando que o corpo não apresentava lesões características desse tipo de ocorrência, como danos nas extremidades. A equipe médica estima que Juliana tenha falecido em um intervalo de aproximadamente 20 minutos após a queda, reforçando a tese de um trauma fatal e rápido.
As dificuldades logísticas para a realização da autópsia, devido à falta de especialistas na região de Lombok, atrasaram a definição exata do horário da morte. O corpo foi transferido para Bali, onde o Hospital Bali Mandara conduziu a análise forense. A distância entre os locais representou um desafio adicional na investigação.
Após a tragédia, o governo federal brasileiro se comprometeu a arcar com os custos do traslado do corpo de Juliana para o Brasil, atendendo a um pedido do presidente Lula. O pai da publicitária, Manoel Marins, está em Bali para acompanhar os procedimentos de repatriação. A família acusa o sistema de resgate da Indonésia de negligência na operação de busca, iniciada tardiamente.
Fonte: http://revistaoeste.com
