Em entrevista exclusiva ao Folha de Curitiba, Rodrigo Salva, Franco Kuster e Gabriel Manita contaram como foi dar vida aos Paralamas sem imitação, mas com muita verdade
Curitiba reviveu, em duas noites de casa cheia, a história de uma das maiores bandas do rock nacional. Vital — O Musical dos Paralamas passou pela cidade trazendo não só os grandes sucessos, mas também momentos íntimos, curiosidades e a energia que há mais de 40 anos faz dos Paralamas do Sucesso uma banda inesquecível para várias gerações.
Antes de subirem ao palco do Teatro Positivo, Rodrigo Salva (Herbert Vianna), Franco Kuster (João Barone) e Gabriel Manita (Bi Ribeiro) conversaram com o Folha de Curitiba no Hard Rock Café, em um papo descontraído que deixou claro o quanto o projeto vai além de uma simples reprodução de hits.
Mais que cover: uma história de amizade
Rodrigo Salva fez questão de frisar que o musical não se resume a imitar os Paralamas. “Pois é, a gente se preocupou muito, como elenco e direção, em contar essa história que não é só da banda, mas de amizade, de amor, de parceria. São quatro décadas de uma relação que vai desde os primeiros ensaios na casa da vovó Ondina — tentando não incomodar os vizinhos — até o estrelato, o Rock in Rio, as turnês na Argentina, conhecendo o Fito Páez, o Charly García… e até hoje, que ainda toca na rádio, que ainda faz parte da vida das pessoas”, contou.
Desafio de condensar 40 anos em duas horas
Já Franco Kuster destacou o trabalho para selecionar os momentos mais marcantes da trajetória dos Paralamas. “Pois é, é um baita desafio resumir tudo em poucas horas. A Patrícia e o Pedro, que assinam a direção, conseguiram reunir o máximo possível do repertório e dos principais momentos. É muita história, muita música — é um repertório imenso! Então montar tudo isso, compor o espetáculo, exigiu cuidado pra não deixar de fora o que é essencial. Modéstia à parte, ficou um trabalho muito bonito, muito bem feito. É uma peça que a gente fala, categoricamente: tá brilhante”, resumiu.
De volta pra casa, no frio curitibano
Gabriel Manita, que interpreta Bi Ribeiro, é curitibano — e não escondeu a alegria de apresentar o musical na própria cidade. “É muito legal, né? A gente entrou num teatro gigantesco, o Positivo, que é lindo, e ver tanta gente prestigiando é emocionante. Eu tô passando frio, porque Curitiba é Curitiba, mas vale tudo. Já tô acostumado — no inverno a gente chega nos 28 graus dentro de casa, porque lá fora faz 5, né? Mas é muito bom estar aqui, com esse projeto, pra minha galera”, brincou.
A música que não pode faltar
No fim do papo, não podia faltar a pergunta clássica: qual música é indispensável? Entre risadas, o trio foi direto: Meu Erro. “É o auge do espetáculo. É aquela música que todo mundo canta junto, foi trilha sonora de muita parte da vida de muita gente”, disse Rodrigo. E para encerrar, ainda arriscaram um trecho ali mesmo: “Eu quis dizer, você não quis escutar… Agora não peça, não me faça promessas…” — uma prévia do que o público cantou em uníssono no Teatro Positivo.
Em pouco mais de duas horas de show, Vital provou por que a história dos Paralamas do Sucesso continua viva — não só pelas músicas eternas, mas por toda a força de amizade, superação e rock brasileiro que resiste e emociona gerações.
Confira o vídeo com a entrevista completa:
https://www.instagram.com/p/DLYtkWmNfCG/