China e Estados Unidos confirmaram um avanço nas negociações comerciais, sinalizando uma possível trégua na tensa relação econômica entre as duas potências. O acordo preliminar prevê que Pequim acelere a exportação de minerais cruciais para os EUA, enquanto Washington se compromete a suspender recentes restrições comerciais impostas à China.
O Ministério do Comércio chinês emitiu um comunicado confirmando o acordo, afirmando que a China irá “analisar e aprovar os pedidos de exportação de itens controlados”. Em contrapartida, os Estados Unidos “cancelarão de forma correspondente uma série de medidas restritivas que tomaram contra a China”, demonstrando um compromisso mútuo para facilitar o comércio.
A garantia do fornecimento de terras raras, metais essenciais para a produção de baterias elétricas, turbinas eólicas e sistemas de defesa, era uma prioridade para Washington. A China detém um papel dominante na produção desses minerais, tornando o acordo estratégico para a segurança econômica e nacional dos EUA.
A confirmação chinesa surge após declarações do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, à Bloomberg News, sinalizando que os EUA revogariam os controles de exportação assim que a China cumprisse com o fornecimento dos minerais. A rapidez na resposta chinesa sugere um forte interesse em distensionar as relações comerciais.
Embora os detalhes completos do acordo ainda não estejam claros, as autoridades chinesas mencionaram que negociadores de ambos os países mantiveram contato próximo após reuniões em Londres e Genebra. As negociações visam estabilizar os laços bilaterais e buscar uma trégua em uma guerra comercial que tem impactado as economias globais.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em entrevista à Fox Business, expressou otimismo cauteloso, afirmando que os EUA querem verificar se a China quer ser “um bom parceiro comercial”. Ele ressaltou que o futuro da relação comercial “dependerá dos chineses”, indicando que a implementação do acordo será crucial para determinar o sucesso a longo prazo.
Bessent enfatizou que os EUA não buscam uma ruptura com a China, mas que as tarifas de 20% sobre o fentanil proveniente da China permanecem em vigor. Ele também mencionou que muitos países se sentem pressionados com as negociações tarifárias e que a administração americana busca reduzir o risco comercial.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br