O laudo da autópsia de Juliana Marins, a brasileira de 24 anos que faleceu após cair no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, apontou traumatismo por força contundente como causa da morte. O exame, conduzido pelo médico legista Ida Bagus Putu Alit, estima que a morte ocorreu em até 20 minutos após o trauma.
A divulgação do laudo gerou indignação na família de Juliana. Mariana Marins, irmã da vítima, expressou sua revolta nas redes sociais, chamando o caso de “mais um descaso da Indonésia”. Ela criticou o fato de o legista ter realizado uma coletiva de imprensa antes de apresentar o laudo à família.
A autópsia levanta questionamentos, principalmente em relação ao momento exato em que Juliana sofreu o trauma fatal. Imagens de drone feitas por outros turistas logo após a queda mostravam a brasileira mexendo os braços, o que contradiz a estimativa de morte rápida apontada no laudo.
O laudo não especifica se o “trauma grave” ocorreu no momento da queda inicial ou posteriormente. A estimativa do tempo da morte, baseada em sinais cadavéricos, pode ser influenciada por fatores como a conservação do corpo em freezer.
A causa da morte foi definida como lesões por impacto forte, resultantes de uma colisão contra uma superfície sólida. A autópsia revelou múltiplas fraturas e lesões em diversos órgãos internos, descartando a hipotermia como causa do óbito.
Enquanto isso, a prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, se comprometeu a arcar com os custos do translado do corpo para o Brasil. A prefeitura também auxiliará nos procedimentos para o velório e sepultamento da publicitária na cidade fluminense.
Juliana Marins sofreu um acidente fatal durante uma trilha no vulcão Rinjani, caindo de uma altura de aproximadamente 300 metros. Turistas que a avistaram acionaram a família pelas redes sociais, enviando informações sobre sua localização e imagens da área.
As operações de resgate enfrentaram dificuldades devido ao terreno íngreme, à neblina e às pedras escorregadias. Após quatro dias de buscas, o corpo de Juliana foi encontrado. O caso reacendeu o debate sobre a segurança nas trilhas do Monte Rinjani, que possui um histórico de acidentes e mortes.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br