O governo de Javier Milei anunciou a demissão de mais de 50 mil funcionários públicos na Argentina desde sua posse. A medida, divulgada na última quinta-feira, visa gerar uma economia anual de aproximadamente US$ 2 bilhões aos cofres do Estado, em meio a um severo plano de austeridade.
Segundo o ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger, a extensa redução de pessoal não impactou a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Ele argumenta que a medida demonstra a inutilidade de grande parte dos cargos extintos, sinalizando um enxugamento necessário da máquina estatal.
“Em maio, superamos as 50 mil desvinculações desde que Javier Milei chegou ao governo, sem impactar significativamente os serviços prestados”, afirmou Sturzenegger durante um congresso do partido Liberdade Avança. Os cortes, segundo dados oficiais, atingiram a administração pública, empresas estatais e até mesmo as forças armadas.
Entretanto, a drástica medida não passou incólume. Sindicatos de servidores públicos manifestaram forte oposição às demissões em massa. A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) alega que os cortes comprometem o funcionamento de serviços essenciais à população, como saúde, previdência e meteorologia.
Rodolfo Aguiar, secretário-geral da ATE, expressou preocupação com o impacto das demissões. “A redução de pessoal compromete áreas vitais como o serviço de vacinas, o Instituto Nacional do Câncer e o atendimento em hospitais”, declarou à CNN, levantando dúvidas sobre a sustentabilidade do plano de Milei a longo prazo.
Fonte: http://revistaoeste.com