A primeira semana de julho promete ser agitada para os mercados financeiros, com a divulgação de dados cruciais sobre a saúde econômica dos Estados Unidos e do Brasil. Nos EUA, o destaque fica para o relatório de emprego (payroll), que será divulgado excepcionalmente na quinta-feira devido ao feriado do Dia da Independência. Os investidores estarão atentos a esses números, buscando sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação à política de juros.
Além do payroll, outros indicadores importantes do mercado de trabalho americano, como o ISM, JOLTS e ADP, também serão divulgados ao longo da semana, fornecendo um panorama mais completo da situação do emprego no país. A expectativa é que esses dados influenciem as decisões do Fed sobre um possível corte de juros ainda este ano. Conforme analistas, “a consistência dos dados de emprego será fundamental para calibrar as expectativas do mercado”.
No Brasil, a agenda econômica também estará movimentada, com a divulgação de dados fiscais e de atividade econômica que ajudarão a avaliar o desempenho da economia no segundo trimestre. O Caged de maio e a produção industrial do IBGE são os principais destaques, juntamente com o balanço orçamentário e as estatísticas fiscais do setor público. O Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, também trará as últimas projeções do mercado após a decisão do Copom de manter a Selic em 10,50%.
Ainda no cenário doméstico, os índices de preços, como o IPP, o IVAR e o IPC da Fipe, fornecerão pistas sobre a trajetória da inflação nos próximos meses. Os PMIs industriais e de serviços, tanto no Brasil quanto nos EUA, também serão acompanhados de perto, buscando sinais sobre o ritmo da atividade econômica em um contexto global de juros elevados. A semana ainda reserva eventos importantes na zona do euro, com discursos da presidente do BCE, Christine Lagarde, durante o Fórum de Sintra.
Por fim, é importante notar que o mercado deverá operar com menor liquidez a partir de quinta-feira, devido ao feriado nos EUA. No entanto, a véspera do 4 de julho será um dia de grande volume de indicadores, o que poderá gerar volatilidade nos mercados. Em suma, os dados divulgados ao longo da semana serão cruciais para moldar as expectativas sobre juros, inflação e crescimento até o final do ano.
Fonte: http://www.infomoney.com.br