O setor público brasileiro registrou um déficit primário de R$ 33,7 bilhões em maio, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira. O resultado, que considera a União, estados, municípios e estatais, reflete o desequilíbrio entre receitas e despesas, excluindo o pagamento de juros da dívida pública. Apesar do resultado negativo, houve uma melhora em relação a maio de 2024, quando o déficit atingiu R$ 63,9 bilhões.
De acordo com o boletim de Estatísticas Fiscais do BC, o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) apresentou um déficit de R$ 37,4 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram um déficit de R$ 926 milhões. Em contrapartida, os governos regionais demonstraram um superávit de R$ 4,5 bilhões, atenuando parcialmente o impacto negativo no consolidado.
Em um horizonte de 12 meses, o setor público consolidado acumula um superávit de R$ 24,1 bilhões, equivalente a 0,20% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor contrasta com o déficit de R$ 6 bilhões, ou 0,05% do PIB, acumulado até abril, sinalizando uma trajetória de recuperação nas contas públicas.
A dívida bruta do governo geral (DBGG) também apresentou um aumento, atingindo 76,1% do PIB, o que corresponde a R$ 9,3 trilhões. “A evolução da dívida bruta em maio decorreu dos juros nominais apropriados e da variação do PIB nominal”, informou o Banco Central em seu boletim. A dívida líquida do setor público (DLSP) acompanhou essa tendência, alcançando 62% do PIB (R$ 7,5 trilhões) no mesmo período.
Fonte: http://www.metropoles.com
