As contas públicas brasileiras registraram um déficit primário de R$ 33,7 bilhões em maio, um alívio em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o rombo atingiu R$ 63,9 bilhões. A melhora no resultado fiscal foi impulsionada pelo aumento das receitas federais e pela contenção de despesas, indicando um esforço do governo para equilibrar as finanças. Contudo, o endividamento público ainda exige atenção.
No acumulado do ano, o setor público apresenta um superávit primário de R$ 69,1 bilhões, sinalizando uma trajetória positiva. Em um horizonte de 12 meses, o resultado também é favorável, com um superávit de R$ 24,1 bilhões, equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Vale lembrar que em 2024, o país registrou um déficit primário de R$ 47,6 bilhões, representando 0,4% do PIB.
O Governo Central, por sua vez, contabilizou um déficit primário de R$ 37,4 bilhões em maio, valor inferior ao registrado no mesmo mês de 2024. Enquanto isso, os governos estaduais apresentaram um superávit de R$ 5,3 bilhões, demonstrando saúde fiscal, enquanto os municípios enfrentaram um déficit de R$ 808 milhões. Esses números revelam a heterogeneidade na situação fiscal das diferentes esferas de governo.
Por outro lado, as despesas com juros da dívida pública aumentaram, atingindo R$ 92,1 bilhões em maio, um acréscimo em relação aos R$ 74,4 bilhões do ano anterior. Esse aumento impactou o resultado nominal das contas públicas, que registrou um déficit de R$ 125,9 bilhões. Apesar do déficit, o valor é inferior ao registrado em maio de 2024, demonstrando uma ligeira melhora.
A dívida líquida do setor público alcançou R$ 7,5 trilhões, representando 62% do PIB, enquanto a dívida bruta atingiu R$ 9,3 trilhões, equivalente a 76,1% do PIB. Esses indicadores apontam para a necessidade de medidas para conter o endividamento e garantir a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo. A gestão da dívida pública continua sendo um desafio central para o governo.
Fonte: http://jovempan.com.br