A recente atualização do Código de Trânsito Brasileiro trouxe mudanças significativas, incluindo a transferência digital de veículos e o financiamento da CNH para pessoas de baixa renda com recursos de multas. No entanto, a exigência de exame toxicológico na primeira habilitação para todas as categorias foi vetada, mantendo a obrigatoriedade apenas para renovações das categorias C, D e E.
Essa decisão mantém o exame toxicológico como um requisito crucial para motoristas de caminhões, ônibus e vans, que representam um risco maior nas estradas devido ao porte dos veículos e às longas jornadas. A medida visa garantir a segurança viária, prevenindo acidentes causados pelo uso de substâncias psicoativas.
Entretanto, a restrição da obrigatoriedade do exame toxicológico levanta questionamentos sobre outras categorias de motoristas profissionais. Celso Mariano, especialista em trânsito, destaca que muitos condutores das categorias A e B, como motoristas de aplicativos e motofretistas, também exercem atividades remuneradas e podem representar riscos no trânsito.
“É fundamental refletir sobre o uso de drogas por parte de todos os condutores, independentemente da categoria da CNH”, afirma Mariano. Ele defende a necessidade de aprimorar os dispositivos de acompanhamento do uso de substâncias ilícitas, visando ampliar a segurança para todos os usuários das vias.
A discussão sobre a abrangência do exame toxicológico permanece aberta, com o objetivo de encontrar um equilíbrio entre a segurança no trânsito e a viabilidade da implementação da medida. O debate busca identificar a melhor forma de proteger a sociedade dos riscos associados ao consumo de drogas por motoristas.
Fonte: http://cbncuritiba.com.br
