O Morgan Stanley revisou suas projeções para o setor de distribuição de combustíveis no Brasil, elevando a recomendação das ações da Vibra (VBBR3) de neutra para compra, com um novo preço-alvo de R$ 30. A instituição financeira agora considera a Vibra sua principal escolha no segmento, refletindo um otimismo quanto ao futuro da empresa.
Paralelamente, a Ultrapar (UGPA3) também teve sua recomendação revista, passando de venda para neutra, com o preço-alvo ajustado para R$ 22. A mudança nas avaliações impulsionou os papéis das empresas no mercado, com UGPA3 registrando alta de 3,68% e VBBR3 avançando 1,93% no início do pregão.
Segundo o banco, a Vibra apresenta uma combinação mais interessante de risco e retorno, impulsionada por um forte ciclo de desalavancagem e maior geração de caixa livre. A potencial monetização da participação na Comerc a partir de 2026 também contribui para a visão positiva, abrindo caminho para um aumento na distribuição de dividendos aos acionistas.
A análise do Morgan Stanley aponta para um ponto de inflexão no setor, com potencial de expansão de margem de até R$ 74 por metro cúbico no longo prazo. “Mesmo a captura parcial desse ganho já representaria uma valorização significativa para as empresas do segmento”, afirma o relatório. A projeção considera que metade desse potencial será gradualmente incorporada nos próximos 10 anos.
A visão mais otimista é sustentada por mudanças regulatórias recentes e esperadas, como a tributação monofásica sobre o etanol e maior fiscalização sobre a mistura de biodiesel. O combate a empresas de fachada e a aplicação de multas mais severas também devem contribuir para um ambiente de negócios mais justo e competitivo, beneficiando os players tradicionais.
Fonte: http://www.infomoney.com.br