O Ministério Público do Paraná (MPPR) formalizou uma denúncia estarrecedora contra um homem de 39 anos, acusado de submeter sua companheira a sessões de tortura que se estenderam por seis dias. O caso, que chocou a comunidade de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, revela um cenário de violência doméstica brutal e persistente. A Justiça agora irá apurar os detalhes desse crime hediondo.
Os atos de tortura, segundo a denúncia do MPPR, ocorreram entre os dias 11 e 16 de maio deste ano, na residência do casal, localizada no bairro Graciosa. Durante esse período, a vítima foi submetida a intenso sofrimento físico e mental, caracterizando um quadro de violência doméstica agravada e com requintes de crueldade. O objetivo do agressor, conforme apurado, era castigar e dominar a companheira.
De acordo com os autos do processo, o acusado não poupou a vítima de agressões físicas, incluindo chutes e golpes contundentes. Além disso, a mulher era constantemente ameaçada, inclusive com chantagens emocionais que envolviam seu filho, intensificando o seu desespero. A privação de comunicação, com o confisco do celular, a isolava do mundo exterior, enquanto era forçada a realizar tarefas domésticas mesmo em meio à dor e ao sofrimento.
“A conduta configura crime de tortura no contexto de violência doméstica, tipificada pela legislação penal brasileira, com penas severas”, informou o MPPR em nota oficial. As agressões resultaram em ferimentos visíveis e danos emocionais profundos na vítima, que agora busca reconstruir sua vida após o trauma. O agressor permanece preso preventivamente na Cadeia Pública de Curitiba, aguardando o desenrolar do processo judicial.
Para vítimas de violência doméstica, é crucial lembrar que o silêncio não é a solução. Denúncias podem ser feitas através do telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou pelo 190 (Polícia Militar) em casos de emergência. O registro da ocorrência também pode ser feito online, no site da Polícia Civil do Paraná, ou em delegacias especializadas. A rede de apoio existe e está pronta para ajudar.
Fonte: http://massa.com.br
