O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) aprovou, nesta terça-feira (1º), a suspensão das prerrogativas parlamentares do deputado Renato Freitas por um período de 30 dias. A decisão, que acusa o deputado de incitar manifestantes a ocuparem a ALEP em 2024, representa um novo capítulo na polêmica envolvendo a terceirização de escolas estaduais.
O parecer favorável à suspensão, apresentado pela relatora deputada Marcia Huçulak, foi seguido pela maioria dos membros do Conselho. Agora, a proposta será encaminhada para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALEP. Caso seja aprovada na CCJ, a suspensão de Renato Freitas será submetida à votação em plenário, onde os 54 deputados estaduais decidirão o futuro da medida.
A acusação contra Renato Freitas se refere a um episódio ocorrido no ano passado, quando professores e estudantes ocuparam a Assembleia Legislativa durante a votação, em regime de urgência, do projeto de terceirização da gestão de escolas estaduais. Segundo a relatora, a conduta do parlamentar “desrespeita os demais deputados”.
Em contrapartida, o deputado Renato Freitas alega ser vítima de censura por parte da Casa Legislativa. “Afirmo ser vítima de uma censura dentro da Casa”, declarou o deputado. Sua defesa também planeja judicializar o caso, argumentando que o processo já teria prescrito no início do mês.
A reportagem é de Bárbara Hammes.