A busca por um herdeiro político por parte de Jair Bolsonaro, agora inelegível, expõe as engrenagens de um possível acordo nos bastidores: o indulto presidencial. Em troca da transferência de seu capital eleitoral, Bolsonaro esperaria ser perdoado, caso seu sucessor alcance o Palácio do Planalto. A questão central é: até onde estariam dispostos os aliados a ir para garantir o futuro político do ex-presidente?
Em recente manifestação na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um dos nomes cotados para assumir o espólio bolsonarista, teceu elogios ao ex-presidente, chamando-o de “o maior líder político da história”. A declaração, embora enfática, omite um ponto crucial: o compromisso com o indulto.
O silêncio de Tarcísio sobre a possibilidade de perdoar Bolsonaro levanta questionamentos. Estaria o governador disposto a assumir o ônus de tal decisão perante o eleitorado? Ou o receio de perder apoio o impede de explicitar seu posicionamento?
A transparência, nesse cenário, é fundamental. O eleitorado de Tarcísio merece saber se o apoio ao ex-presidente inclui a concessão de um indulto, caso ele seja eleito. O debate honesto sobre essa questão é essencial para a integridade do processo democrático.
O cenário político permanece incerto, mas uma coisa é clara: a sombra do indulto paira sobre as futuras eleições. A postura de Tarcísio de Freitas, e de outros potenciais herdeiros de Bolsonaro, será determinante para o futuro político do ex-presidente e para a confiança do eleitorado.
Fonte: http://www.metropoles.com