A Ucrânia enfrentou a maior ofensiva aérea desde o início da guerra na madrugada desta sexta-feira, com a Rússia lançando um ataque combinado de 11 mísseis e 539 drones em menos de 24 horas, conforme reportado pela Força Aérea Ucraniana. Kiev, a capital, foi um dos principais alvos, resultando em dezenas de feridos e danos significativos a edifícios. A coincidência dos ataques com uma recente conversa telefônica entre Donald Trump e Vladimir Putin levanta questionamentos sobre o cenário geopolítico.
Segundo relatos oficiais, durante a ligação, Putin teria afirmado a Trump que a operação militar russa na Ucrânia continuará sem recuo. Trump, por sua vez, declarou à imprensa que não acredita em uma retirada russa, indicando uma possível percepção de que Putin manterá o curso do conflito. A ligação entre os dois líderes adiciona uma camada de complexidade à situação, em meio à escalada dos ataques.
Apesar da intensidade do ataque, as Forças Armadas da Ucrânia interceptaram 270 investidas, incluindo dois mísseis de cruzeiro e desviaram a rota de 208 drones. No entanto, 63 drones e nove mísseis atingiram seus alvos, causando estragos em áreas habitadas. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou danos em seis dos dez distritos da capital, incluindo um incêndio em uma instalação médica.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, classificou o ataque como “cínico” e sincronizado com a ligação entre Trump e Putin. Ele reforçou a necessidade de pressão global sobre a Rússia, especialmente em um momento em que a Ucrânia enfrenta dificuldades no recebimento de armamentos dos Estados Unidos. A Casa Branca suspendeu recentemente o envio de armas estratégicas a Kiev, alegando que o governo anterior teria desfalcado os estoques de armas ao enviá-las para a Ucrânia.
Diante deste cenário, uma nova conversa entre Trump e Zelenski está agendada para esta sexta-feira, com o objetivo de discutir o futuro da cooperação militar entre os dois países. Enquanto isso, a Ucrânia lida com os impactos devastadores do bombardeio recorde, sem perspectivas de trégua no horizonte.
Fonte: http://revistaoeste.com