quinta-feira, julho 10, 2025

Banco Central Suspende Três Instituições do Pix Após Mega-Ataque Cibernético que Desviou R$400 Milhões

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O Banco Central (BC) tomou medidas drásticas ao suspender cautelarmente as operações de três instituições financeiras no sistema Pix. A decisão surge em resposta a um audacioso ataque cibernético que atingiu a provedora de serviços tecnológicos C&M Software, resultando no desvio de cerca de R$400 milhões. Transfeera, Soffy e Nuoro Pay foram as empresas desconectadas do sistema de pagamentos instantâneos, enquanto o BC investiga o possível envolvimento das mesmas no esquema.

A medida, com duração máxima de 60 dias, está amparada no Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, de outubro de 2020, que regulamenta o Pix. Tal dispositivo autoriza o BC a “suspender cautelarmente, a qualquer tempo, a participação no Pix do participante cuja conduta esteja colocando em risco o regular funcionamento do arranjo de pagamentos”. A Transfeera confirmou a suspensão, garantindo que seus demais serviços permanecem operacionais.

“Nossa instituição, tampouco nossos clientes, foram afetados pelo incidente noticiado no início da semana e estamos colaborando com as autoridades para liberação da funcionalidade de pagamento instantâneo”, declarou a Transfeera em nota oficial. Soffy e Nuoro Pay, as outras duas fintechs afetadas, operam no Pix por meio de parcerias com outras instituições financeiras, e até o momento não se manifestaram sobre a suspensão.

O Banco Central justificou a suspensão como uma medida de proteção à integridade do sistema de pagamentos e para garantir a segurança do Pix, enquanto as investigações sobre o desvio de recursos do sistema financeiro são conduzidas. A autarquia busca esclarecer se as instituições suspensas facilitaram, mesmo que indiretamente, a ação dos criminosos.

O ataque cibernético à C&M Software, ocorrido na noite de terça-feira, permitiu o desvio de recursos das contas de reserva que os bancos mantêm no BC. O dinheiro foi transferido via Pix e convertido em criptomoedas. A Polícia Federal, a Polícia Civil de São Paulo e o Banco Central trabalham em conjunto para elucidar o caso e identificar todos os responsáveis.

As investigações já resultaram na prisão de um funcionário da C&M Software, acusado de receber R$ 15 mil para fornecer acesso aos sistemas da empresa aos criminosos. O suspeito confessou ter fornecido a senha de acesso e criado um sistema para facilitar a ação dos hackers. A C&M Software, por sua vez, informou que nenhum dado de cliente foi vazado durante o ataque.

Fonte: http://jovempan.com.br

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