O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, enfatizou a necessidade urgente de negociações para promover transições justas em direção a uma economia de baixo carbono. A declaração foi feita durante o encerramento do painel sobre “Estratégias de transição energética e descarbonização” no Fórum Empresarial do BRICS, realizado no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. O evento precedeu a cúpula do BRICS, com foco especial nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.
Além de Corrêa do Lago, o painel contou com a participação de líderes de diversas empresas e fundos de investimento, como Patrícia Daros do Fundo Vale, Jai Shroff da UPL e Zhao Haiying da China Investment Corporation. A presença desses executivos demonstra o engajamento do setor privado na busca por soluções inovadoras e sustentáveis.
O embaixador Corrêa do Lago também expressou otimismo em relação ao progresso já alcançado pelo Brasil. Ele argumentou que “vai demonstrar que já estamos mais avançados do que as pessoas imaginam” e minimizou as preocupações com os custos da transição, afirmando que “o custo da transição está sendo exagerado por algumas partes”.
Em entrevista anterior à CNN, o presidente da COP30 já havia defendido uma transição energética que não marginalize setores econômicos dependentes de combustíveis fósseis. Ele propôs a utilização desses recursos como ponte para o desenvolvimento de energias renováveis. Segundo ele, é crucial valorizar a floresta preservada, tornando-a economicamente mais vantajosa do que o desmatamento.
Corrêa Lago destacou exemplos de sucesso, como a revolução dos carros elétricos na China e a solução brasileira de biocombustíveis, que está sendo adotada globalmente. Ele também mencionou a agricultura de baixo carbono do Brasil como um modelo para o mundo. A terceira carta da Presidência da COP30, divulgada em maio, reforçou o apelo global para acelerar a transição energética e reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis. O documento enfatiza a necessidade de cooperação internacional e mudanças estruturais para atingir as metas climáticas globais.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br