quinta-feira, julho 10, 2025

Da Celebração ao Diagnóstico: Grávida Descobre Leucemia Agressiva e Luta Pela Vida Dela e da Filha

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Fabiana Maria Silveira Saccab, aos 41 anos, vivenciava a alegria da maternidade, com quatro meses e três semanas de gestação, enquanto planejava a festa de aniversário de seu filho Davi, de 10 anos. A expectativa de momentos felizes, no entanto, foi abruptamente interrompida por um telefonema no aeroporto dos Estados Unidos, revelando um diagnóstico devastador: leucemia linfoide aguda (LLA), um tipo raro e agressivo de câncer no sangue.

“Quando recebi a notícia, fiquei desesperada. O que era para ser a comemoração do aniversário do meu filho se tornou um pesadelo”, relembra Fabiana, expressando a angústia diante da reviravolta inesperada. A notícia reacendeu memórias dolorosas, já que Fabiana perdeu sua mãe para o mesmo tipo de câncer quando tinha apenas 10 anos. Agora, grávida e com o filho da mesma idade que tinha quando perdeu a mãe, ela precisava reunir forças para enfrentar a doença.

Desde o início da gestação, Fabiana realizava exames mensais, cujos resultados se mantiveram normais até maio de 2024, quando apresentaram alterações significativas. “Na minha primeira gravidez, passei mal, mas dessa vez, os sintomas estavam mais fortes. Sentia muito enjoo e uma sensação constante de desmaio”, relata, descrevendo os sinais que a levaram a investigar sua saúde. A família, então, retornou ao Brasil, e Fabiana foi internada no Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo, para iniciar o tratamento.

Durante a internação, Fabiana foi submetida a três ciclos de quimioterapia, enquanto os médicos monitoravam de perto a saúde do bebê em desenvolvimento. Em 3 de julho de 2024, Sara nasceu prematura, com 29 semanas e 4 dias, necessitando de cuidados intensivos na UTI neonatal por dois meses. “Precisávamos garantir que Sara tivesse o melhor início de vida possível, mesmo nascendo com apenas 29 semanas e exposta a medicamentos citotóxicos. Cada decisão exigia análise conjunta e respeito à vida da mãe e filha”, explicou a neonatologista Teresa Maria Lopes de Oliveira Uras Belém.

Inicialmente em remissão, Fabiana não pôde realizar o transplante de medula óssea imediatamente devido à gravidez. Com o retorno da doença, os médicos optaram por antecipar o parto para que ela pudesse iniciar um novo protocolo de tratamento. Após o nascimento de Sara, que não apresentou sequelas apesar da exposição à quimioterapia intrauterina, Fabiana recebeu um transplante de medula óssea de sua irmã em outubro de 2024, recebendo alta após quatro meses de internação. Hoje, a família celebra a recuperação, com Sara dando seus primeiros passos e Fabiana em acompanhamento oncológico, vivendo com gratidão cada dia.

Fonte: http://www.metropoles.com

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