O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para que o deputado federal Junio Amaral (PL-MG) visite o general Walter Braga Netto, atualmente sob prisão preventiva no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 2 de julho. Braga Netto é investigado pelo STF por seu suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado que se seguiu às eleições de 2022.
A autorização de Moraes atende a um pedido antigo do deputado Junio Amaral, que mantém uma relação de amizade com o general. “Agora que o STF autorizou a gente vai providenciar a ida. Tenho uma consideração muito grande por ele [Braga Netto]. Um respeito muito grande”, declarou o deputado ao Estadão, evidenciando a proximidade entre os dois.
De acordo com a decisão judicial, o encontro será realizado na Vila Militar do Rio de Janeiro, onde Braga Netto está detido. Moraes estabeleceu que a visita deverá seguir rigorosamente as normas e regulamentos da 1ª Divisão do Exército, garantindo a ordem e a segurança do local.
Ainda não há uma data definida para a visita. O ministro enfatizou que a visita tem “caráter estritamente pessoal”, proibindo a entrada de assessores, seguranças, membros da imprensa ou qualquer outra pessoa acompanhando o deputado. Além disso, Amaral está proibido de portar celular, equipamentos fotográficos ou qualquer dispositivo eletrônico, e de registrar imagens ou áudios dentro da unidade prisional, sob pena de responsabilização.
Antes de tomar a decisão, Moraes consultou a defesa de Braga Netto sobre o pedido do deputado. Os advogados do general não se opuseram à visita. Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi preso em dezembro de 2024, acusado de obstrução da Justiça. Moraes justificou a prisão preventiva, alegando “fortes indícios” de que Braga Netto teve participação significativa no planejamento e financiamento da tentativa de golpe.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br