A sombra das armas nucleares paira novamente sobre o mundo, impulsionada pelas tensões crescentes entre Israel e Irã. Acusações de que o Irã planeja desenvolver ogivas nucleares reacenderam o temor de um conflito devastador, com implicações globais.
O espectro da destruição atômica não é novo. A história da humanidade registra o uso de bombas atômicas como um divisor de águas, alterando o curso da Segunda Guerra Mundial e inaugurando uma era de corrida armamentista.
Em 1945, os Estados Unidos demonstraram o poder de aniquilação com os ataques a Hiroshima e Nagasaki. O recado foi claro, mas o medo se espalhou rapidamente, catalisando a competição nuclear entre EUA e União Soviética.
“Bastaram duas bombas atômicas sobre o Japão, em 1945, para lançar um recado claro ao mundo: com apenas um botão, os Estados Unidos mostraram poder para aniquilar qualquer inimigo”, diz o artigo original, sublinhando o impacto imediato daquelas detonações.
Décadas se passaram, e o mundo mudou drasticamente. No entanto, a herança da Guerra Fria permanece, com arsenais nucleares capazes de destruir a civilização inúmeras vezes. O medo de um apocalipse nuclear persiste, mesmo que a ameaça atual seja uma fração do que já foi.
No auge da Guerra Fria, em 1980, o mundo acumulou um poder de destruição equivalente a 15 mil megatons, segundo o *Our World in Data*. Uma quantidade assustadora, capaz de devastar cidades inteiras e alterar o curso da história.
O acesso à tecnologia nuclear se disseminou, deixando de ser monopólio das superpotências. Países como França, Reino Unido, Índia e China se juntaram ao clube nuclear, enquanto regimes autoritários como a Coreia do Norte também buscam o poder atômico.
A Coreia do Norte e o Irã representam ameaças à paz global, usando a retórica da destruição como pilar de suas políticas. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prega abertamente a destruição de Israel, alimentando o ódio e o conflito.
O ódio e a intolerância, antes restritos às esferas políticas, se infiltraram na sociedade. As divisões ideológicas se aprofundaram, gerando conflitos internos e polarizando comunidades, como exemplificado pelo ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023.
A escalada de tensões no cenário global, a proliferação nuclear e a crescente polarização interna corroem a civilização. A ameaça atômica, portanto, transcende o confronto geopolítico e se manifesta na erosão dos laços sociais e na radicalização das ideologias.
Fonte: http://revistaoeste.com