A cúpula dos Brics no Brasil começou sob questionamentos devido à ausência dos presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China. Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, expressou otimismo em relação ao futuro do bloco, minimizando as ausências e defendendo a expansão do grupo, inclusive com a inclusão do Irã.
Amorim argumenta que existe uma pressão externa para “enfraquecer” os Brics. Sobre a adesão do Irã, ele declarou ao jornal O Globo que esta “pode até favorecer uma negociação, até sobre o programa nuclear”. Em contrapartida, o assessor teceu críticas a Israel, alegando que o país não demonstra “desejo de ouvir”.
Em contraste com sua visão sobre Israel, Amorim elogiou a postura da Rússia. “Não vou dizer que seja um interlocutor fácil, mas eles ouvem, e eles falam, se explicam”, afirmou. Sua declaração antecedeu um ataque massivo russo com drones ao território ucraniano, intensificando as tensões no leste europeu.
Originalmente, o acrônimo Bric surgiu em 2001, criado por um analista do Goldman Sachs para se referir a Brasil, Rússia, Índia e China. A primeira cúpula oficial do grupo ocorreu em 2009, e a África do Sul foi incorporada em 2011, transformando o nome para Brics. Em 2024, o bloco expandiu-se, incluindo o Irã entre os novos membros.
Apesar do poderio econômico da China e da influência de Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU, pairam dúvidas sobre o futuro do Brics. Analistas questionam se a ausência de Putin e Xi Jinping não indicaria uma perda de prioridade em relação ao bloco, algo que, segundo a análise, um assessor presidencial deveria reconhecer.
Fonte: http://revistaoeste.com