O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza neste domingo (7/7) o primeiro turno de sua eleição interna, um processo crucial para definir os rumos da legenda nos próximos quatro anos. Mais de dois milhões de filiados em todo o país escolherão as novas lideranças municipais, estaduais e nacional, em um pleito que antecede as eleições de 2026 e expõe tensões internas.
O nome mais cotado para substituir Gleisi Hoffmann na presidência nacional é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara. Silva conta com o apoio de figuras de peso como o presidente Lula, a própria Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e José Dirceu. A disputa, no entanto, envolve outros três candidatos: Rui Falcão, Romênio Pereira e Valter Pomar.
A votação ocorre neste domingo, das 9h às 17h, nos diretórios municipais. A expectativa é que o resultado seja divulgado na segunda-feira, devido ao processo de apuração que se inicia após o encerramento da votação. Filiados residentes no exterior também participam da eleição para a presidência nacional, ampliando o alcance do processo.
“As disputas internas nos estados mostram, dentro do partido, visões divergentes do tom que o governo Lula deve adotar para a disputa presidencial no próximo ano”, avalia um analista político. Essa divergência se manifesta em acusações e rachas em diversas unidades federativas, como Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro. A complexidade do cenário estadual adiciona uma camada extra de interesse à eleição interna.
Em Minas Gerais, a candidatura de Dandara Tonantzin chegou a ser suspensa por dívida partidária, mas uma liminar garantiu sua participação. No Paraná, Zeca Dirceu, filho do ex-ministro, desafia o candidato apoiado por Gleisi Hoffmann. Bahia, Rui Costa apoia Jonas Paulo enquanto Jaques Wagner apoia Tássio Brito. No Rio de Janeiro, Washington Quaquá lançou seu filho, Diego Zeidan, na disputa. As eleições internas do PT se revelam um microcosmo das tensões e estratégias que moldarão o cenário político nacional nos próximos anos.
Fonte: http://www.metropoles.com
