A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou, nesta segunda-feira, uma medida drástica contra a devastação ambiental na Amazônia. A instituição determinou o bloqueio de R$ 49 milhões em bens de quatro indivíduos acusados de destruir vastas áreas da floresta. A ação visa responsabilizar os infratores pela destruição de pelo menos 2,6 mil hectares no município de Lábrea, no Amazonas.
Segundo a AGU, a área em questão foi alvo de queimadas criminosas entre 2004 e 2007. O caso é ainda mais grave, pois, mesmo após o embargo imposto pelo Ibama, a exploração ilegal da área continuou. Essa persistência na atividade criminosa demonstra um desrespeito flagrante às leis ambientais e aos esforços de preservação da Amazônia.
A AGU ressalta que o desmatamento ilegal durante esse período causou danos severos à floresta. “Houve perda de biodiversidade da flora, de estoque de carbono e o comprometimento dos ciclos hidrológicos da floresta amazônica, além da perda de habitat para diversas espécies de fauna”, afirma a instituição em nota. A devastação não se limita à área diretamente afetada, mas causa um impacto em todo o ecossistema amazônico.
A decisão judicial, proferida pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas, também proíbe os infratores de explorar a área desmatada de qualquer maneira. Essa medida busca garantir que a devastação não continue e que os responsáveis sejam impedidos de lucrar com a destruição ambiental. O caso segue em investigação e os infratores responderão pelas suas ações.
Fonte: http://www.metropoles.com