A recente hospitalização do apresentador Edu Guedes, 51, para a remoção de nódulos no pâncreas, reacendeu o alerta sobre o câncer de pâncreas. Guedes passou por uma cirurgia de emergência em São Paulo, após enfrentar complicações de saúde precedidas por uma infecção renal. A notícia serve como um lembrete da importância de conhecer os sinais desta doença agressiva e, muitas vezes, silenciosa.
O câncer de pâncreas é notoriamente difícil de detectar em seus estágios iniciais, pois seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras condições. Essa característica traiçoeira leva a diagnósticos tardios, comprometendo as chances de um tratamento curativo eficaz. A doença se desenvolve quando células anormais crescem descontroladamente no pâncreas, formando um tumor.
Entre os sintomas mais comuns, destacam-se dores abdominais ou nas costas, perda de apetite e peso inexplicável, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura, fezes claras, coceira na pele, indigestão e fadiga persistente. O tratamento, que varia conforme o estágio da doença, pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Embora não existam medidas preventivas específicas, a adoção de hábitos saudáveis pode reduzir o risco. Evitar o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a obesidade são passos importantes na prevenção. Conforme explica o oncologista Márcio Almeida, da Oncoclínicas Brasília, “o câncer ocorre quando as células crescem de forma irregular e formam um tumor. Por estar localizado em um órgão de pouca sensibilidade, os sintomas geralmente se confundem com os de condições comuns”.
Segundo a oncologista Janyara Teixeira, da Rede D’Or, em Brasília, “Na maioria dos casos, o câncer de pâncreas cresce para fora do órgão, o que torna a cirurgia de remoção um procedimento complexo”. Nos estágios iniciais, o tumor pode não apresentar sintomas perceptíveis, mas com a progressão da doença, mudanças sutis podem surgir, merecendo atenção imediata. Dados do manual MSD revelam que, em cerca de 90% dos casos, o diagnóstico ocorre quando a doença já se espalhou para além do pâncreas.
Esteja atento aos sinais que seu corpo envia! A perda de apetite e de peso, por exemplo, pode estar relacionada ao processo inflamatório no pâncreas. Alterações nas fezes, como mudanças na frequência, cor ou textura, também podem indicar uma inflamação crônica. A dor persistente no abdômen ou nas costas é um sintoma comum, causada pela pressão do tumor sobre nervos e órgãos próximos.
A dificuldade para digerir alimentos, levando à indigestão e estufamento, e a icterícia, causada pelo bloqueio da via biliar, são outros sinais de alerta. A detecção precoce é crucial, pois, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, sendo uma das maiores causas de morte antes dos 70 anos em diversos países.
Fonte: http://www.metropoles.com