O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), elevou o tom contra o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após declarações deste sobre a campanha petista de justiça tributária. Campos Neto, agora no Nubank, defendeu uma união nacional, mas Lindbergh criticou essa visão, alegando que ela favorece os mais ricos em detrimento da população.
“Ele, que foi presidente do Banco Central e agora é lobista do Nubank, que paga muito pouco imposto, diz que o ‘Nós Contra Eles’ divide o país, que é preciso unir o Brasil. É união cara-cu, que a elite entra com a cara, eles milionários, e o povo se ferra”, disparou Lindbergh, em crítica contundente. A fala acusa Campos Neto de defender interesses elitistas em sua nova posição no setor privado.
As declarações de Campos Neto à Folha de S. Paulo defendiam a união entre empresários e trabalhadores para o crescimento do país, argumentando que a polarização do discurso “nós contra eles” é prejudicial. “Precisamos unir todo mundo, o empresário, o empregado, o governo”, afirmou o ex-presidente do BC, buscando um consenso para o desenvolvimento nacional.
Em contrapartida, Lindbergh argumenta que o setor empresarial frequentemente promove políticas que prejudicam os mais vulneráveis, citando a defesa da desvinculação do salário mínimo da Previdência como exemplo. Ele acusa a elite de defender seus próprios interesses, enquanto critica a defesa da justiça tributária como divisionista.
A campanha “Nós Contra Eles” do PT visa promover a justiça tributária, propondo que os mais ricos paguem mais impostos, através da revisão de benefícios fiscais e da equiparação da carga tributária. Medidas como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, compensada pela taxação de altas rendas e dividendos, estão no centro do debate.
Fonte: http://www.metropoles.com