quarta-feira, julho 16, 2025

Webnamoro na Adolescência: Tragédia Familiar Alerta para Riscos de Manipulação e Isolamento

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Um crime chocante em Itaperuna (RJ), onde um adolescente de 14 anos assassinou seus pais e irmão influenciado por sua namorada virtual, escancara os perigos que rondam os relacionamentos online entre jovens. O caso levanta um debate urgente sobre a vulnerabilidade de adolescentes na internet e a necessidade de atenção redobrada por parte de pais e responsáveis.

O jovem confessou o crime, motivado pela proibição de um encontro com a garota, com quem mantinha contato online desde os 8 anos através de um jogo. Após o impedimento, ele utilizou uma arma da família para cometer os assassinatos, ocultando os corpos em uma cisterna. A polícia também interrogou a namorada virtual, de 15 anos, que teria cogitado matar a própria mãe.

Especialistas apontam que o caso revela uma carência afetiva profunda entre adolescentes. A falta de vínculos familiares sólidos pode levar jovens a buscarem afeto e reconhecimento em ambientes virtuais, tornando-os suscetíveis à manipulação e a relacionamentos perigosos. A internet, nesse contexto, pode se tornar uma fuga emocional, como explica a educadora parental Priscilla Montes.

Empresas de tecnologia se manifestaram sobre o caso. O Discord, plataforma popular entre jovens, afirmou que não permite servidores para encontros entre adolescentes e que conteúdo adulto é mantido com restrição de idade. Já a Meta, dona do WhatsApp, Instagram e Facebook, optou por não comentar o assunto.

O especialista em cibersegurança Rodrigo Fragola alerta para o uso da inteligência artificial na criação de perfis falsos e deepfakes, utilizados para enganar, manipular e extorquir emocionalmente. Ele ressalta a importância do diálogo e da confiança entre pais e filhos, incentivando o pensamento crítico para proteger os jovens dos perigos do mundo digital. “A gente precisa se capacitar como pai, como educador para proteger os adolescentes nesse cenário digital cada vez mais complexo”, diz Fragola.

Priscilla Montes reforça que o problema central não é a internet em si, mas a ausência de diálogo e presença emocional na família. “Mais do que condenar, os pais precisam estar presentes. Porque, no fundo, o que todo adolescente quer é pertencer, ser visto, ser aceito.” A educadora parental enfatiza que o acolhimento real é a principal ferramenta para proteger os jovens dos riscos emocionais do webnamoro. “Educar é construir presença — e é essa presença que protege, que orienta e cuida.”

Fonte: http://www.metropoles.com

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