Um ato de violência motivado por ciúme chocou a cidade de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). No dia 29 de junho, uma mulher teve seu carro incendiado por um homem com quem mantinha um relacionamento casual. O criminoso não apenas cometeu o ato, mas também filmou o ataque e enviou o vídeo diretamente para a vítima, em um gesto de intimidação cruel.
Com medo de novas agressões, a vítima, que preferiu não se identificar, relatou à RICtv que já vinha sofrendo perseguições e ameaças constantes por parte do agressor. Segundo ela, a relação nunca evoluiu para um compromisso sério, apesar das investidas do homem. “Ele sempre me cercou, já me ameaçou algumas vezes, inclusive de morte. Desde o começo sempre frisei e falei que eu não queria um relacionamento sério com ele”, desabafou a vítima.
A situação escalou quando a mulher decidiu se afastar do homem, que não aceitou o término do breve relacionamento. As investidas se tornaram mais frequentes e agressivas. A vítima chegou a tentar uma reaproximação em três oportunidades, na esperança de uma mudança de comportamento por parte do agressor.
No entanto, um incidente durante uma festa selou o destino trágico do carro da vítima. “Ele me viu com outra pessoa e partiu para cima dessa pessoa, até que os seguranças separaram”, relatou a mulher. Após o ocorrido, o agressor enviou o vídeo do carro em chamas, acompanhado de áudios com ameaças explícitas.
“Você é muito lixo, cara. Você beijou o outro na minha frente, eu vi. Você vai ver o que eu vou fazer aí na frente, aí. Desgraçada, quero que se f*** todo mundo”, vociferou o homem em um dos áudios. Diante da violência e das ameaças, a mulher registrou um boletim de ocorrência e solicitou medida protetiva. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) investiga o caso.
O advogado da vítima, Matheus Duvoisin, ressaltou a importância de garantir a segurança da mulher e de instaurar um processo o mais rápido possível. Em contrapartida, a defesa do agressor, representada pelo advogado Igor Ogar, tenta justificar o ataque como uma reação a um suposto caso de traição. “Esse homem amava essa mulher, mantinha carinho e respeito por ela”, alegou o advogado, minimizando a gravidade do ato. A justiça deverá determinar o futuro do caso.
Fonte: http://www.bandab.com.br