Você se dedica à dieta, não dispensa os treinos e evita os doces, mas a balança teima em não mostrar resultados? A resposta para essa frustração pode estar em um hábito noturno aparentemente inofensivo: o horário em que você se alimenta.
Estudos recentes têm demonstrado que o momento das refeições exerce um impacto significativo sobre o metabolismo. Uma pesquisa publicada na revista *Cell Metabolism* revelou que o consumo de calorias no período noturno, especialmente após as 21h, pode reduzir a queima de gordura e favorecer o armazenamento de energia em forma de tecido adiposo.
A nutricionista funcional Alessandra Luglio explica que “nosso organismo é regido por ciclos circadianos que regulam funções como sono, digestão e produção hormonal. Comer em horários que conflitam com esses ritmos biológicos desregula o metabolismo e atrapalha o emagrecimento”. Além do impacto no peso, refeições noturnas podem afetar a qualidade do sono, um fator crucial para quem busca emagrecer.
A privação de sono, por sua vez, desregula hormônios importantes no controle da fome e da saciedade, como a grelina e a leptina. Mas isso não significa que você deve ir para a cama com fome. A chave está na escolha dos alimentos.
Segundo a endocrinologista Adriana Stravo, os alimentos mais problemáticos nesse cenário são aqueles com alto índice glicêmico. “Esses alimentos provocam picos de glicose e insulina justamente em um momento em que o corpo deveria estar em repouso metabólico”, explica. A solução? Optar por lanches leves e proteicos, como iogurte natural ou ovo cozido.
Portanto, ajustar seus hábitos alimentares noturnos – ou até mesmo evitar comer nesse período – pode ser o diferencial que faltava para alcançar seus objetivos de perda de peso. Mais do que contar calorias, é fundamental respeitar o relógio biológico. As evidências mostram que o corpo responde melhor quando você dorme leve e de estômago vazio.