Danúbia de Souza Rangel, conhecida por sua ligação com o tráfico e pelo apelido de “Xerifa da Rocinha”, teve sua prisão convertida em domiciliar nesta quinta-feira (17). A decisão da Justiça do Rio de Janeiro ocorre pouco mais de duas semanas após sua detenção, que aconteceu no dia 5 de julho, horas depois de dar à luz em um hospital da capital fluminense.
Apesar da decisão favorável, Danúbia permanece sob custódia na Unidade Materno-Infantil (UMI), aguardando os trâmites burocráticos para o cumprimento da ordem judicial. A expectativa é que ela seja liberada após a instalação de uma tornozeleira eletrônica, que monitorará seus passos e garantirá o cumprimento das restrições impostas pela Justiça.
Entre as condições para a prisão domiciliar, estão a proibição de receber visitas, exceto de profissionais de saúde e advogados, e a impossibilidade de manter contato com terceiros fora de sua residência por meio de eletrônicos ou redes sociais. Além disso, Danúbia não poderá deixar o estado do Rio de Janeiro sem autorização judicial.
A trajetória de Danúbia Rangel é marcada por diversas passagens pelo sistema prisional. Sua primeira prisão relevante ocorreu em outubro de 2017, quando foi condenada por corrupção ativa e associação para o tráfico de drogas. Ela chegou a cumprir parte da pena no Instituto Penal Oscar Stevenson, mas obteve progressão de regime.
Em 2022, durante o cumprimento da pena, Danúbia regrediu para o regime fechado após a apreensão de um celular com uma foto sua em sua cela, o que configurou uma falta grave. Posteriormente, ela foi solta em 11 de janeiro de 2024, após a declaração de extinção de sua pena pelo juiz. A nova detenção, motivada por acusações de tráfico de drogas, decorre de um mandado expedido em junho deste ano, referente a investigações da época em que era companheira de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Após a audiência de custódia, a Justiça havia decidido inicialmente manter a prisão.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
