A semana encerra com foco intenso nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A ameaça de tarifas americanas, liderada por Donald Trump, provoca reações em Brasília e afeta o humor dos investidores, com reflexos já sentidos no fluxo de capitais estrangeiros. Paralelamente, indicadores econômicos importantes são aguardados, tanto no Brasil quanto nos EUA, para calibrar as expectativas sobre o cenário global.
No centro da crise, o presidente Lula classificou as ameaças de Trump como “chantagem inaceitável” durante um pronunciamento em rede nacional. Ele acusou aliados de Trump no Brasil de serem “traidores da pátria” e anunciou que o país responderá às tarifas por meio da OMC e da Lei de Reciprocidade. A escalada verbal evidencia um momento delicado nas relações bilaterais.
Enquanto isso, o governo brasileiro busca alternativas para mitigar os impactos das possíveis tarifas. O Senado aprovou uma missão parlamentar aos Estados Unidos para negociar o adiamento ou revogação das medidas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende uma ação coordenada, alertando para os riscos de negociações fragmentadas.
No cenário doméstico, o governo lida com desafios fiscais. Mesmo após o aumento do IOF autorizado pelo STF, a equipe econômica enfrenta a necessidade de arrecadar R$ 86,3 bilhões extras em 2026 para cumprir a meta fiscal. A busca por soluções envolve medidas detalhadas para fechar o rombo, evitando restrições a gastos essenciais.
Além das questões políticas e fiscais, o mercado acompanha a divulgação de indicadores econômicos. No Brasil, a Sondagem Industrial de junho traz perspectivas sobre o desempenho do setor. Nos Estados Unidos, os dados de início de construções e a confiança do consumidor oferecem pistas sobre a saúde da economia americana, em um momento de grande incerteza global.
Fonte: http://www.infomoney.com.br