segunda-feira, julho 21, 2025

Crise nos CRIs: Fundos Imobiliários Buscam Acordos para Evitar Prejuízos Maiores

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Gestores de fundos imobiliários estão cada vez mais propensos a renegociar dívidas de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) em dificuldades. A inadimplência de incorporadoras, causada por desafios em honrar compromissos financeiros, tem levado os credores a buscarem alternativas para mitigar perdas em suas carteiras e garantir o fluxo de dividendos aos cotistas.

Diante desse cenário, a repactuação de CRIs tem se tornado uma estratégia comum. Carlos Brihy, diretor da consultoria Alvarez & Marsal, destaca que “os gestores têm aceitado ou até antecipado repactuações para evitar o inadimplemento nas carteiras dos fundos”. Essa abordagem busca evitar a execução das dívidas e a necessidade de assumir a gestão de ativos problemáticos.

Um exemplo prático dessa tendência é o fundo Suno Recebíveis Imobiliários (SNCI11), que recentemente prorrogou o vencimento de obrigações da construtora RDR. Segundo Vitor Duarte, diretor de investimentos da Suno Asset, o mercado tem testemunhado “muitas renegociações”, com CRIs que, apesar de flexibilizações, não chegam a ser classificados como inadimplentes.

Outro caso notório é o do fundo Banestes Recebíveis (BCRI11), que precisou flexibilizar as condições de CRIs do Grupo WAM. Marcos Amaral Vargas, Diretor de Gestão de Recebíveis na Banestes, explicou que a companhia “passa por uma fase de reestruturação e precisa de respiro para manter a operação”. O BCRI11 possui cerca de 15,5% da carteira em situação de inadimplência, mas Vargas assegura que a carteira é diversificada e saudável.

Embora a negociação de waivers seja uma alternativa para evitar perdas, ela geralmente acarreta custos adicionais para as empresas. Rafael Carlos, sócio-diretor da Alvarez & Marsal, observa que “geralmente isso envolve multa, aumento de taxa ou apresentação de mais garantias”. O mercado busca aprimorar o monitoramento de vendas, obras e fluxo de caixa das empresas para garantir maior segurança nas operações de CRI, como aponta Lucas Drummond, Líder de Securitização da Opea.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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