Diante de um cenário econômico marcado por taxas de juros elevadas, muitos brasileiros buscam alternativas inteligentes para otimizar suas finanças. Uma estratégia que ganha destaque é a possibilidade de quitar um financiamento com um consórcio. Será que essa troca vale a pena?
Para esclarecer essa questão e entender os meandros dessa operação, o InfoMoney consultou Luiz Antonio Sacco, CEO da Mycon Consórcios, que compartilhou insights valiosos sobre o tema. Descubra a seguir se o consórcio pode ser a chave para aliviar o peso do seu financiamento.
A resposta é sim, quitar um financiamento com consórcio é possível e pode ser uma jogada inteligente, especialmente para quem busca fugir dos altos juros bancários. No entanto, é crucial estar atento a algumas condições essenciais. O titular do consórcio deve ser o mesmo do financiamento, o valor da carta de crédito deve cobrir o saldo devedor, e ambas as operações devem ter a mesma finalidade.
O processo para realizar essa troca envolve algumas etapas. Primeiramente, é necessário escolher um consórcio adequado às suas necessidades. Em seguida, aderir a um grupo e aguardar a contemplação, que pode ocorrer por sorteio ou lance. Após a contemplação, é hora de apresentar os dados do financiamento à administradora, que fará uma análise antes de liberar o crédito diretamente à instituição financeira.
Mas afinal, como funciona a quitação na prática? O cliente não recebe o dinheiro diretamente. A administradora transfere o valor da carta de crédito para o banco, que realiza a liquidação da dívida. O prazo para liberação dos recursos pode variar, dependendo da análise da documentação, mas geralmente leva algumas semanas.
Uma dúvida comum é se é preciso pagar as parcelas do consórcio e do financiamento simultaneamente. Luiz Antonio Sacco explica que a “troca da dívida” só ocorre após a contemplação. Até lá, é necessário arcar com as parcelas de ambas as operações.
Para avaliar se a troca é vantajosa, é fundamental considerar o cenário individual. Segundo o CEO da Mycon, a troca pode ser interessante quando os juros do financiamento são mais altos, ou quando ainda há um longo período de pagamento pela frente. No entanto, antes de tomar a decisão, é crucial simular ambos os cenários e comparar os custos envolvidos.
Embora o consórcio não cobre juros, ele possui taxa de administração e a contemplação pode demorar, o que pode ser um problema para quem tem urgência. Luiz Antonio Sacco alerta que a quitação via consórcio exige planejamento e a capacidade de manter as parcelas até a contemplação. Avalie cuidadosamente sua situação financeira e objetivos antes de tomar uma decisão.
Fonte: http://www.infomoney.com.br