O mercado financeiro global apresenta um cenário de contrastes. Enquanto o Ibovespa enfrenta um período de correção após atingir novas máximas, pressionado por um fluxo de vendas no curto prazo, os índices norte-americanos Nasdaq e S&P 500 demonstram resiliência, impulsionados por uma forte recuperação desde o início do ano. Essa divergência reflete a complexa interação entre fatores técnicos e as expectativas dos investidores em relação à política monetária global.
No mercado cambial, o dólar futuro busca reverter a tendência de queda que se intensificou no final de 2024. Paralelamente, o Bitcoin continua sua trajetória ascendente, acumulando valorização expressiva em 2025 e superando seus picos anteriores, sinalizando um potencial para novas máximas. Nesse contexto, a análise técnica surge como uma ferramenta crucial para identificar os principais níveis de suporte e resistência que podem influenciar o futuro desses ativos.
**Ibovespa Sob Pressão Vendedora:** Após atingir o patamar de 141.563 pontos, o Ibovespa demonstra fragilidade no curto prazo. A sequência de quedas e a negociação abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos indicam uma tendência de baixa. O Índice de Força Relativa (IFR) em 34,01 aponta para uma possível aproximação da zona de sobrevenda, embora um repique de curto prazo não esteja descartado.
Para que o Ibovespa retome uma trajetória de alta, será necessário romper as médias móveis entre 136.080 e 137.354 pontos, com alvos intermediários em 139.590 e 141.563 pontos. Caso essa resistência seja superada com força, os próximos objetivos se encontram em 141.960/143.425, com um alvo mais ambicioso em 145.000 pontos. A continuidade da queda, por outro lado, será confirmada com o rompimento do suporte em 133.295/132.870 pontos, abrindo caminho para alvos em 130.090 (média de 200 períodos), 127.680 e 122.530 pontos.
**Dólar Futuro Tenta Reverter Queda:** O dólar futuro acumula uma desvalorização de 13,24% em 2025, após uma queda consistente desde a resistência em 6.605 pontos, atingida no final de 2024. No entanto, a última sessão registrou uma recuperação pontual de 0,46%, fechando em 5.592,5 pontos, acima das médias móveis. Após atingir a mínima do ano em 5.437,5 pontos, o ativo avançou até 5.658 pontos, região que agora atua como resistência. Para retomar a tendência de alta no curto prazo, será crucial romper a faixa de 5.629/5.658 pontos.
**Nasdaq e S&P 500 em Território Recorde:** A Nasdaq mantém uma forte trajetória de alta desde a mínima de 2025 em 16.542 pontos, renovando seus topos históricos com uma valorização de 1,70% em julho e 9,77% no ano, cotada atualmente em 23.065 pontos. Similarmente, o S&P 500 também apresenta uma tendência de alta no curto prazo, com uma valorização de 1,48% em julho e 7,06% no ano, atingindo 6.296 pontos. Ambos os índices demonstram um forte momentum, impulsionados pela confiança dos investidores e um cenário econômico favorável.
**Bitcoin Alcança Novos Patamares:** O Bitcoin segue em uma forte tendência de alta no curto prazo, após atingir a mínima de 2025 em US$ 74.508. Desde então, a criptomoeda rompeu seu topo histórico e alcançou uma nova máxima em US$ 123.218, operando atualmente acima dos US$ 117 mil, com uma alta superior a 9% em julho e acumulando mais de 25% no ano. “O cenário técnico segue positivo”, aponta o analista Rodrigo Paz, indicando que, caso a máxima seja rompida, os próximos alvos estarão em US$ 123.800, US$ 125.090/126.685 e, em extensão, US$ 129.000.
**IFR e Análise Técnica como Ferramentas Essenciais:** O Índice de Força Relativa (IFR) é um dos indicadores mais utilizados na análise técnica, auxiliando na identificação de oportunidades de compra e venda. Além disso, a análise técnica oferece diversas ferramentas, como linhas de tendência e médias móveis, que podem auxiliar os investidores na tomada de decisões. Para se aprofundar no tema, confira os guias de análise técnica disponíveis no InfoMoney.
Fonte: http://www.infomoney.com.br