Caminhoneiros em todo o Brasil avaliam a possibilidade de uma nova paralisação, motivados por descontentamento após uma operação policial recente que envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo lideranças do movimento, a ação da Polícia Federal representou um ponto de inflexão, somando-se às insatisfações preexistentes da categoria.
O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) usou suas redes sociais para informar que tem sido pressionado por caminhoneiros a se posicionar sobre a greve. O parlamentar, figura conhecida no meio, anunciou uma reunião para discutir o assunto com lideranças da categoria, representantes do agronegócio e outros parlamentares alinhados.
“Irei me reunir com os pontas de lança nesta segunda-feira em Brasília. Se todos entenderem que é o momento de uma paralisação, eu estarei na pista junto com eles”, declarou Zé Trovão, indicando uma possível adesão ao movimento caso haja consenso.
No entanto, a proposta de paralisação não é unânime entre os caminhoneiros. O presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) afirmou que a categoria não pretende aderir à greve, a menos que o governo federal descumpra acordos firmados em outubro de 2024.
Já o presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC) sinalizou que, caso a maioria dos caminhoneiros decida pela paralisação, a entidade deverá seguir a decisão coletiva. “Se o povo decidir que esse é o caminho, estaremos com o povo ou seremos parados por uma guerra ideológica”, pontuou.
A possibilidade de uma nova greve reacende a memória da paralisação de 2018, que durou dez dias e causou graves transtornos em todo o país, incluindo desabastecimento de combustíveis e alimentos. Na época, os caminhoneiros protestavam contra os constantes aumentos nos preços do diesel.
Fonte: http://www.metropoles.com
