segunda-feira, julho 21, 2025

Paralisação de Caminhoneiros Divide Opiniões Após Operação Policial Ligada a Bolsonaro

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Uma possível paralisação da categoria de caminhoneiros ganha força no cenário nacional, impulsionada por reações à recente operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Lideranças do movimento indicam que a ação policial teria sido o estopim para uma série de reivindicações já existentes entre os profissionais do transporte.

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) utilizou suas redes sociais para expressar a pressão que vem recebendo da categoria em relação à uma possível greve. O parlamentar anunciou que se reunirá com representantes dos caminhoneiros, figuras do agronegócio e outros membros do Congresso Nacional para debater a questão. “Irei me reunir com os pontas de lança nesta segunda-feira em Brasília. Se todos entenderem que é o momento de uma paralisação, eu estarei na pista junto com eles”, declarou Trovão.

Apesar do apoio de alguns setores, a ideia de uma paralisação não é unânime entre os caminhoneiros. O presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) afirmou que a categoria não pretende aderir a nenhuma greve, a menos que o governo federal descumpra promessas feitas em outubro de 2024. Essa divisão de opiniões demonstra a complexidade do cenário e a dificuldade em prever os próximos passos do movimento.

Por outro lado, o presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC) sinaliza que, caso a maioria dos caminhoneiros decida pela paralisação, grande parte da categoria deverá seguir a decisão. “Se o povo decidir que esse é o caminho, estaremos com o povo ou seremos parados por uma guerra ideológica”, disse o presidente da ACTRC, evidenciando a influência de fatores ideológicos na mobilização.

A memória da greve de 2018, que paralisou o país por dez dias em protesto contra o aumento dos combustíveis, ainda está presente. Naquela ocasião, a paralisação gerou graves problemas de abastecimento em todo o território nacional, demonstrando o poder de mobilização da categoria e o impacto de suas ações na economia e no cotidiano dos brasileiros.

Fonte: http://www.metropoles.com

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