Jair Bolsonaro compareceu à reunião da bancada do PL, mas manteve-se em silêncio, conforme relatos de interlocutores presentes. A postura do ex-presidente contrastou com a expectativa de seus apoiadores, que esperavam uma diretriz clara para responder às medidas restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. As medidas foram impostas no contexto de uma polêmica envolvendo tarifas dos Estados Unidos ao Brasil.
Diante da aparente falta de iniciativa de Bolsonaro, aliados expressaram ceticismo quanto ao sucesso das medidas que a oposição pretende adotar para pressionar o STF. Apesar disso, o grupo reafirmou o compromisso de realizar mobilizações de rua em agosto e buscar, no Legislativo, o impeachment de Moraes, além de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e a limitação do poder investigativo do STF sobre autoridades.
A reunião, segundo fontes, serviu principalmente como um ato de apoio político a Bolsonaro, que está impossibilitado de usar redes sociais e conceder entrevistas online. A proibição o impediu de participar de uma coletiva de imprensa, sob risco de prisão. No entanto, ao deixar o Congresso, Bolsonaro exibiu sua tornozeleira eletrônica, sinalizando sua situação.
O PL anunciou a criação de três grupos de trabalho para coordenar a defesa de Bolsonaro. Um grupo focará na comunicação, outro na mobilização interna no Congresso e o terceiro na mobilização nacional. “Daremos voz a Bolsonaro mais do que nunca”, declarou Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara.
Além dos grupos de trabalho, o partido planeja concentrar esforços legislativos em três pautas principais: anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, a PEC que limita o foro privilegiado e o impeachment de Alexandre de Moraes. Manifestações de rua estão sendo convocadas para o dia 3 de agosto, visando demonstrar força e apoio a Bolsonaro.
Fonte: http://www.metropoles.com