sábado, agosto 2, 2025

Paraná Alerta: Feminicídios Atingem 45 Vítimas no 1º Semestre de 2025

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Em um cenário preocupante, o Paraná registrou 45 casos de feminicídio no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa. Além disso, mais de 37 mil mulheres foram ameaçadas no mesmo período. Os números foram divulgados em meio às ações de conscientização do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, celebrado em 22 de julho, conforme lei estadual.

A data, instituída para reforçar o combate a essa forma de violência, serve como um lembrete constante da necessidade de ações efetivas para reduzir a incidência de feminicídios no estado. O Paraná ocupa a quinta posição no ranking nacional de feminicídios, proporcionalmente à população, evidenciando a urgência de medidas preventivas e punitivas.

A advogada criminalista e professora universitária Marcia Leardini, da UniCuritiba, destaca que as ameaças que culminam em feminicídio frequentemente se manifestam no ambiente familiar. “As vítimas de feminicídio costumam sofrer as ameaças no ambiente familiar”, explica Leardini, sublinhando a importância de identificar os sinais de alerta e buscar ajuda.

Especialistas apontam que a escalada da violência se inicia de forma sutil, dificultando a percepção da vítima. Relly Amaral Ribeiro, mestre em Serviço Social e Políticas Públicas e professora na Uninter, ressalta que as ameaças verbais podem evoluir gradativamente para agressões físicas. A denúncia precoce, portanto, é crucial para interromper esse ciclo.

As autoridades paranaenses contabilizaram mais de 10 mil prisões relacionadas a feminicídio e mais de 7 mil por violência doméstica apenas no ano anterior, demonstrando a importância da denúncia e da atuação das forças de segurança. Marcia Leardini enfatiza que a população dispõe de mais recursos de apoio e denúncia atualmente, sendo o reconhecimento do crime o primeiro passo para buscar ajuda.

Paralelamente ao apoio às vítimas, campanhas de conscientização buscam envolver os homens na discussão sobre igualdade de gênero e prevenção da violência. Relly Amaral Ribeiro defende que a temática seja abordada desde a infância e que potenciais agressores recebam apoio psicológico e participem de grupos de apoio. A Patrulha Maria da Penha está disponível para contato através do telefone 3221-2760.

Fonte: http://cbncuritiba.com.br

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