Acordar invariavelmente às 3 da manhã é uma experiência comum, mas intrigante, para muitas pessoas. A ciência, em particular a cronobiologia, oferece explicações plausíveis para esse fenômeno. Entender os ritmos circadianos, nosso relógio biológico interno, é o primeiro passo para desvendar esse mistério noturno.
Um dos principais fatores é o ciclo natural de liberação do cortisol, hormônio que nos prepara para despertar. Por volta das 3 da manhã, ocorre um pico desse hormônio. No entanto, em indivíduos com altos níveis de estresse ou ansiedade, esse pico pode ser exacerbado, interrompendo o sono.
A especialista em sono Olivia Arezzolo alerta para os hábitos noturnos prejudiciais. “Passar a noite ‘deslizando’ o feed do Instagram e do TikTok é um fator considerável nos problemas de insônia”, afirma, destacando a importância de uma rotina noturna relaxante.
Além dos fatores hormonais e do estresse, causas fisiológicas e ambientais podem contribuir para o despertar noturno. Necessidades como ir ao banheiro, níveis baixos de glicose ou um ambiente inadequado – com luz, barulho ou temperatura desconfortável – são exemplos.
Problemas de saúde como apneia do sono, síndrome das pernas inquietas ou insônia de manutenção também podem se manifestar nesse horário. Historicamente, o sono humano era dividido em dois blocos, com um intervalo por volta das 2h ou 3h da manhã.
De acordo com o Correio Braziliense, “Acordar às 3 horas pode ser um sinal de que o corpo está trabalhando na renovação interna, o que pode ser visto como um processo positivo”. Algumas culturas ainda associam esse horário a um momento de conexão espiritual.
Em resumo, acordar às 3 da manhã é um fenômeno multifacetado, influenciado pelo relógio circadiano, estresse, hábitos alimentares, ambiente e possíveis distúrbios do sono. Adotar hábitos saudáveis, ajustar a rotina do sono e procurar orientação médica são os melhores caminhos para solucionar o problema, se persistir.