O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) rebateu as críticas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre a suposta lentidão na implementação da reforma agrária. A resposta veio em forma de declaração, após o MST divulgar uma carta aberta cobrando maior celeridade no processo e questionando o governo Lula sobre o cumprimento das promessas de campanha.
De acordo com o MDA, a reforma agrária retomou o ritmo dos primeiros governos Lula, com a meta de criar 30 mil novos lotes em 2025 e 60 mil até o final do mandato. “Respeitamos o papel dos movimentos sociais de reivindicar, mas a verdade é que o governo Lula 3 caminha para bater recordes históricos na reforma agrária”, afirmou a pasta, em resposta às acusações de lentidão.
Em contrapartida, o MST alega que 400 mil famílias assentadas ainda aguardam políticas públicas efetivas. Na carta, o movimento questiona: “Após mais de três anos de governo Lula, a reforma agrária continua paralisada e as famílias acampadas e assentadas se perguntam: Lula, cadê a reforma agrária?”. A cobrança ocorre após o apoio do MST ao governo nas eleições de 2022.
Ainda na carta, o MST relacionou a reforma agrária com a soberania nacional, mencionando a sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros. “Soberania nacional só é possível com soberania alimentar. E a soberania alimentar se constrói com a agricultura familiar camponesa e com a reforma agrária”, argumenta o movimento.
Vale lembrar que, em abril deste ano, o MST invadiu 11 propriedades, pressionando por mais agilidade no assentamento de famílias. O movimento já havia cobrado, em janeiro, o assentamento de 100 mil famílias acampadas em todo o país.
Fonte: http://jovempan.com.br