quarta-feira, julho 23, 2025

Disputa no PL: Restrições a Bolsonaro Acendem Debate Sobre Liderança de Michelle

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Com Jair Bolsonaro sob crescente pressão legal, o Partido Liberal (PL) enfrenta um dilema interno: qual o papel de Michelle Bolsonaro no futuro da direita brasileira? Uma ala defende que a ex-primeira-dama, presidente do PL Mulher, assuma o protagonismo e lidere a oposição, especialmente em um momento em que Bolsonaro está impedido de usar redes sociais e conceder entrevistas, além de usar tornozeleira eletrônica.

Defensores de Michelle, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), argumentam que ela deve se tornar a principal voz do bolsonarismo, liderando as críticas da oposição às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que afetam o ex-presidente e seus aliados. Sob condição de anonimato, fontes próximas a Michelle afirmam que ela possui maior aceitação entre o eleitorado, sendo vista como uma figura feminina, evangélica e com maior “sensibilidade” do que outros membros da família Bolsonaro.

Contudo, a ideia não é unânime dentro do PL. Figuras importantes do partido, embora reconheçam a importância de Michelle à frente do PL Mulher, resistem à ideia de que ela possa eclipsar a figura de Jair Bolsonaro. “Não se pode considerar a posição de um parlamentar como consenso. Nosso candidato é o Bolsonaro”, afirmou Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, demonstrando a divisão interna.

Apesar do debate, Michelle tem mantido um perfil discreto desde as medidas cautelares impostas a Bolsonaro. No dia da operação da Polícia Federal, ela compartilhou mensagens religiosas, evitando comentar diretamente as decisões judiciais e mantendo suas críticas focadas na gestão do governo Lula. Sua agenda à frente do PL Mulher segue inalterada, com eventos e encontros programados em diversos estados.

É importante ressaltar que, historicamente, Michelle evita comentar suas ambições políticas, embora receba positivamente seu desempenho nas pesquisas eleitorais. Além da possível candidatura à Presidência em 2026, ela é vista como uma forte concorrente a uma vaga no Senado pelo Distrito Federal. No entanto, alguns argumentam que, por nunca ter disputado uma eleição, Michelle deveria iniciar sua trajetória política no Legislativo.

Fonte: http://www.metropoles.com

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