Em uma escalada da tensão transatlântica, os Estados Unidos acusaram a Europa de punir cidadãos por expressarem críticas aos seus governos. A declaração, emitida pelo Departamento de Estado dos EUA através da plataforma X (antigo Twitter), confronta diretamente a postura europeia em relação à liberdade de expressão online.
“Na Europa, milhares estão sendo condenados pelo crime de criticar seus próprios governos. Essa mensagem orwelliana não enganará os Estados Unidos. Censura não é liberdade”, afirmou o Departamento de Estado, em uma crítica contundente.
A reação americana surge em resposta a declarações da Missão Francesa nas Nações Unidas, que defende a liberdade de expressão na Europa, ressalvando a proibição de conteúdos considerados ilegais. Os EUA, por sua vez, argumentam que a Lei de Serviços Digitais (DSA) da União Europeia, que regula plataformas digitais, serve para proteger líderes europeus de críticas.
O debate sobre a regulamentação de conteúdo online tem gerado atritos entre os EUA e a Europa. Enquanto os americanos defendem uma abordagem mais ampla à liberdade de expressão, os europeus, assim como o Brasil, defendem a necessidade de filtrar e censurar conteúdos considerados prejudiciais, como discursos de ódio e informações antidemocráticas.
Em fevereiro, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, expressou preocupação com a erosão dos valores democráticos na Europa, incluindo a liberdade de expressão. As tensões evidenciam a crescente divergência entre os dois blocos em relação aos limites da liberdade de expressão na era digital, prometendo um debate contínuo e acalorado.
Fonte: http://revistaoeste.com