sábado, agosto 2, 2025

Ostentação no TikTok põe em xeque bolsa de estudante de medicina em Goiás

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Um juiz da Vara da Fazenda Pública de Anápolis, cidade próxima a Goiânia, acionou o Ministério Público de Goiás (MPGO) para investigar uma estudante de medicina da UniEvangélica, suspeita de tentar manter indevidamente uma bolsa integral do Programa GraduAção. A decisão foi motivada por indícios de que a universitária e sua família possuiriam um padrão de vida incompatível com a renda declarada no processo.

O magistrado Gabriel Lisboa baseou sua decisão em informações públicas encontradas nas redes sociais, em especial no TikTok. Segundo ele, a estudante Gabriella Andrade Viegas de Arruda exibe em suas postagens viagens internacionais e um estilo de vida fitness, incluindo a prática de corridas, o que contrasta com a alegação de pobreza apresentada para obter e manter a bolsa.

De acordo com o processo, ao qual o *Metrópoles* teve acesso, a estudante declarou renda familiar de apenas três salários mínimos. No entanto, a investigação do juiz revelou uma série de inconsistências que colocam em dúvida a veracidade das informações fornecidas para a concessão da bolsa.

Dentre as irregularidades apontadas, está o fato de a advogada que assinou o processo ser a mãe da estudante, Priscilla Silva de Andrade, servidora pública estadual com salário de R$ 8.496,10 – valor quase três vezes superior à renda familiar declarada. Além disso, a mãe da estudante possui uma empresa registrada no mesmo endereço da filha, levantando suspeitas sobre renda extra não declarada.

O pai da estudante, Tiago Viegas de Arruda, é sócio de uma empresa imobiliária e já ocupou cargo de confiança no Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Anápolis (ISSA). Já o avô materno, com quem a estudante alega morar em situação de pobreza, é sócio-administrador de outra empresa, sediada no mesmo endereço da estudante e da empresa de sua mãe.

Diante dos indícios de irregularidades, o juiz determinou o envio do caso ao MPGO para que o órgão possa investigar a conduta dos envolvidos e confrontar as informações com os dados da Receita Federal. A Prefeitura de Anápolis informou que instaurou uma comissão para avaliar os critérios do Programa GraduAção, após detectar indícios de irregularidades na concessão de bolsas universitárias.

Fonte: http://www.metropoles.com

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